segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O dia em que o Rei fez anos.

Complexo freudiano ou não, muito daquilo que somos é responsabilidade dos nossos pais. Atribuou como exemplo a culpa dos meus delírios de grandeza á minha mãe que cada ano no meu aniversário fazia questão de me acordar com esta música.
Vieram tribos ciganas
Saltimbancos sem eira nem beira
Evitaram a estrada real
E passaram de noite a fronteira
E veio a gente da gleba
Mais a gente que vivia do mar
Para enfeitar a cidade
E abrir-lhe as portas de par em par
No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar
E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer
Mas nesse reino distante
Quem tinha um olho era rei
Lá vai rei morto rei posto
Levado em ombros p'la grei
E a festa continuou
Já que ninguém tinha nada a perder
Só ficou um trovador
P'ra contar o que acabava de ver.
No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar
E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer
No dia em que o rei fez anos
Houve arraial e foguetes no ar
O vinho correu à farta
E a fanfarra não parou de tocar
E o povo saiu à rua
Com a alegria que costumava ter
Cantando se o rei faz anos
Que venha à praça, para nos conhecer , in José Cid

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Bom dia Lisboa

"Fiel a um amor antigo
Acabo sempre por voltar
à casa que gostaria de
poder chamar lar
Entre a euforia do regresso
e o cansaço da viagem
Com um montão de histórias novas
encafuadas na bagagem
e uma sensação esquisita
que me deixa meio à toa
Ora cá estou eu de novo
Então BOM DIA LISBOA
Já palmilhei meio mundo
Já andei por todo o lado
e quando a angústia me agarra
vêm-me aos lábios o teu fado
Já adormeci cansada
em tanto sitio diferente
E acordo como se tivesse
sempre o Tejo à minha frente
E é sempre a mesma saudação
que na minha cabeça ecoa
Como um sonho persistente
Então BOM DIA LISBOA
Ora então olá Lisboa
É sempre tão bom voltar
Quem sabe haverá um dia
em que virei para ficar
e acabar por aí
numa velha água furtada
P'ra tornar realidade
um sonho há muito sonhado
e numa ruela qualquer
entre Alfama e a Madragoa
Saudar-te pela manhã
BOM DIA LISBOA." Rádio Macau

terça-feira, 24 de junho de 2008

Barcelona


Hoje se estivesse aí ao teu lado gostava de te dizer o seguinte: "You go girl."

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A Estreia!

(...)E quando à minha casa fores dar vem devagar e apaga-me a luz que a luz destoutra ribalta às vezes não me seduz às vezes não me faz falta às vezes não me seduz às vezes não me faz falta. (..) Sérgio Godinho
Vais estrear. Sinto-te feliz e sem certezas. Nao te importas. Se correr bem ficarás feliz. Se não correr bem depressa te levantarás e continuarás a certeza do teu caminho. Olhar para o teu percurso mostra-me isso mesmo. O importante é o trilho que percorremos. Foi bom ver-te seguir o sonho. É bom ver-te a alcançar esta primeira etapa. O cuidado com os adereços e a forma como apostas integralmente o teu corpo neste projecto. Nunca duvidei, mas também não consigo deixar de me admirar. Caminho iniciado tudo resto virá mais guinada menos guinada a meta e o sonho já estiveram mais longe. PUM! PUM! PUM! O espectaculo vai começar.

Os dias, na esperança de um só dia...

"Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia.", Luís de Camões

Recordo o teu ar assustado perante a desorganização do mundo, recordo-te o sorriso terno e nostálgico como se estivesses sempre a perder um pedaço de nós. Recordo o teu ar vaidoso e ao mesmo tempo envergonhado quando vestes algo de novo. Recordo a mala do teu tamanho que trazes sempre ao teu lado onde aconchegados nos leva. Recordo que quando precisei bastou a minha voz trémula e tu apareceste. Recordo que quando nos contavas os teus sonhos nós tinhamos sempre uma função, estávamos lá. Recordo a tua lealdade, sei que tu nunca me traíras, n consigo explicar mas tenho a certeza. Recordo a as tuas manias, essa protecção que usas contra um mundo que insiste em mudar as coisas que mais amamos. Recordo a quereres estar sempre presente, e tens razão, sem ti os nossos acontecimentos não sao os mesmos. Recordo-te a ler jornal com gosto e interesse tal qual um ritual. Recordo-te o sentido de humor prático e azedo no qual rebentei muitas vezes em gargalhadas. Recordo-te a força e uma certa disciplina com orgulho. Recordo-te o olhar cúmplice. Para mim és a passagem de dias na esperança de um só dia.

A Mudança

Exce(p)cionalmente vou escrever uma entrada pessoal neste blog. Pensei que seria possível nunca o fazer. No entanto preciso de convosco partilhar duas ou três coisas. A primeira é que descobri que tenho estigmatismo num grau bastante elevado o que me obrigou a ter que usar óculos, não um par mas dois, o grau elevado de estigmatismo não me permite usar lentes bifocais. Agora pertenço áquela raça tão estranha que varia de lunetas em função da distância entre globo ocular e objecto perspectivado. Podem imaginar o quão esquizófrenico pode ser a repetição deste gesto. O valor acrescentado é que vejo coisas que antes não via, não que lhe tenha sentido a falta, pois para mim elas simplesmente não existiam.


A segunda é que vou mudar de casa. Vou-me transferir para a Lapa. Eu tenho uma casa, que será sempre minha, é lá que estão em gavetas onde se misturam gravatas com pratos de cozinha as minhas emoções. Será sempre ao som daquele rádio na casa de banho que eu iniciarei a minha rotina diária, serão sempre aqueles sofás desconfortáveis a arruinar-me as costas, será sempre naquele terraço que eu hei-de tirar tempo para ter saudades vossas. E será sempre naquela cama que irei encontrar o teu corpo. No entanto sempre sonhei com uma casa nossa onde pudessemos dar o passo seguinte. Uma casa feita do nosso suor. Fiquei feliz quando me disseste sim. Que seriamos felizes nesse espaço. Que seria o nosso. Onde quer que estejamos. A casa é pequena (55m2). Mas o nosso amor é grande e com boas fundações resistindo a ventos fortes do Norte e a terramotos de Lisboa.


A terceira é que vou mudar de emprego. Esta é uma consequência de ter casa nova e de ter que ganhar mais para a pagar. Ou melhor este era o objectivo primário. Depois surgiu a oportunidade. Sempre quis ter um emprego que me permitisse viajar pelo mundo. Como não sou alto e tenho algumas dificuldades de sorriso a carreira de comissário de bordo sempre esteve excluída. Foi assim que se proporcionou aprofundar o que estou a fazer neste momento mas a nível nacional e internacional. Aqui vou eu outra vez para uma nova aventura profissional. Tenho 26 anos acho que é o momento de o fazer.


Eis o que tinha para vos contar. Caso existam dúvidas, necessidades de esclarecimento ou perplexidades façam-me o favor de me contactar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Poema Traído

"(...)Como um barco, numa noite de tormenta,
Em que o prazer provou a vez da razão,
O animal devorou o racional.
Foi sentimento, mas não foi amor...não foi paixão!!
Aconteceu, e não o posso negar,
Estive lá de corpo e alma,
Sorvi cada segundo, cada momento,
Daquela ilusão, daquele sentimento,
Vivido com prazer, naquela noite calma!!
E quando terminou,
Senti aquele vazio, aquela raiva interior,
De quem não soube respeitar...
Nem quem lhe deu prazer...
Nem quem lhe dá amor.(...)"

Laços de Ternura


O meu momento lamechas.

Serenidade

"A terra o sol o vento o mar / São minha biografia e são meu rosto/ Por isso não me peçam cartão de identidade/ Pois nenhum outro senão o mundo tenho/ Não me peçam opiniões nem entrevistas/Não me perguntem datas nem moradas/ De tudo quanto vejo me acrescento/E a hora da minha morte aflora lentamente/ Cada dia preparada”.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Flôres de Aço

Lia
Beta
Carolina
Rita
Andreia
Sandra

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Exercício II

O Escritor: José Saramago
O Restaurante: Charcaturia Francesa
A Actriz: Rita Blanco
A Loja: Oficina Mustra
O Periodo Histórico: PREC
O Cozinheiro: Santi Santamaria
O Filme: Citizen Cane
A Revista: Time Out Lisboa
O Objecto: Salazar
O Poeta: Ary dos Santos
O Sítio: Chiado
O Café: Café dos Teatros
O Carros: Citroen 2CV
O Livro: O Ano da Morte de Ricardo Reis
O Jornal: O Expresso
A Praia: Comporta
A Noite: Bairro Alto
O C. Comercial: El Corte Inglés
O Bairro: Lapa
O Político: Álvaro Cunhal
O Professor: Gomes Canotilho
O Cronista: José Pacheco Pereira
A Cor: Verde
O Comentador: Vasco Pulido Valente
O Intelectual: Eduardo Lourenço
O Bar: Incógnito
O Actor:John Malkovich
A Saudade: Coimbra
A Paisagem: Da cidade vista da Ponte 25 de Abril
A Máxima: Quem teme tempestades passa a vida a rastejar.
O Papel: Pardo Mate 120gr.
O Humorista:Herman José Krippahl
A Série: Conta-me como foi.
O Canal: História
O Tentação: Orelhinhas de Porco Ensalsadas.
O Vício: Marlboro
A Fruta: Diospiro
O Copo: Old Fashion
O Gel de Banho: Ach. Brito Gama Claus
A Louça: Tradicional Alentejana
A Roupa: UCB
O Vinho: Chateau d’Yquem Sauternes (1787)
A Palavra: Paradoxo
A Mania: Hipocondria
A Dor: Nas Costas
O Fato: Ralph Lauren
O Quadro: O Fado, José Malhoa
Os Sapatos: Prada
O Eléctrico:28
O Largo: Carmo
A Esplanada: Adamastor
A Água: Bling H20

Salazar: o mais fascinante utensílio de cozinha.


Santo António


Não sou de Lisboa. Não quero ser de Lisboa. Sou um filho adoptivo de Lisboa. Às vezes sinto-me bastardo . Mas no Santo António esta cidade entrega-se a mim como eu a ela. E dançamos pela noite dentro ao som de manjericos e sardinha assada, entre os fados e as marchas populares. Sou de Lisboa. Quero ser de Lisboa. Sinto-me filho de Lisboa.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Os Heróis de Portugal


O João que estuda e trabalha desde dos 16 anos.
O sorriso da Rita quem tem 11 anos e leucemia desde os 10.
A D.São que consegue alimentar, vestir e educar três filhos com 425Euros por mês.
O Sr. António que pescador toda a vida não escondeu a sua indignação e barricou-se na lota de Matosinhos.
O Rui que vive na rua há 5 anos e continua a pedir esperança a quem por ele passa.
A Sandra que se licenciou em Filosofia e trabalha num Call Centre.
O Sr. Vasco que consegue gerir 250Euros de reforma entre a farmácia e o supermercado.
As mãos àsperas da D. Ermelinda que aos 81 anos continua apanhar azeitona com a agilidade de uma menina.
A Kalena que todos os dias se prostitui para enviar o pouco dinheiro que lhe sobra para o país natal onde todos pensam que ela é secretária num escritório de advogados.
O Diogo que estuda no 6ºano vive na Cova da Moura e tirou 5 a tudo.
Estes são os heróis de Portugal.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Oficina Mustra

Conheci esta loja através de um livro que andava ler, não vos dizer qual porque tenho vergonha, mas se me perguntarem eu digo-vos baixinho ao ouvido. Situa-se num cantinho de Lisboa que quase não se dá por ele mas tenho feito lá peregrinações constantes.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Nostalgia.

O TEU BATOM TEVE
ESSE DOM DE SABER A SIM
O TEU BATOM ÁGUA NA BOCA
CHAMOU POR MIM
O TEU BATOM TEVE ESSE TOM
DE CANÇÃO DE AMOR
O TEU BATOM DEIXOU NA ROUPA
O TEU SABOR
SÓ EU SEI AINDA É BOM LEMBRAR
SÓ EU SEI AINDA É BOM SONHAR
JÁ NEM SEI SERÁ BOM ACORDAR
POIS GUARDEI A COR
DO GOSTO BOM DO TEU BATOM,
O TEU BATOM BRILHOU NUM SOM
TÃO À TOM JOBIM O
TEU BATOM FOI ÁGUA,
MEL FOI COR DE CARMIM
O TEU BATOM FOI UM BOMBOM
CORAÇÃO LICOR O
TEU BATOM DEIXOU NA PELE
O TEU CALOR
SÓ EU SEI AINDA É BOM LEMBRAR S
Ó EU SEI AINDA É BOM SONHAR
JÁ NEM SEI SERÁ BOM ACORDAR
POIS GUARDEI A COR DO GOSTO BOM
DO TEU BATOM
SÓ EU SEI AINDA
É BOM LEMBRAR
SÓ EU SEI AINDA É BOM SONHAR
JÁ NEM SEI SERÁ BOM ACORDAR
E SÓ GUARDEI O GOSTO BOM.
DO TEU BATOM

terça-feira, 20 de maio de 2008

Universidade de Coimbra segundo Bordalo Pinheiro


Acordo Ortográfico.


Exercício.

Gosto do cheiro a maçãs.
Não gosto do cheiro a comida aquecida no microondas.
Gosto do toque de lençóis lavados.
Não gosto de quartos com muita claridade.
Gosto de café pela manhã.
Não gosto de conversas pela manhã.
Gosto de roupa engomada.
Não gosto de engomar.
Gosto de tentar chegar a horas.
Não gosto que chegem atrasados.
Gosto de pessoas eficientes.
Não gosto de pessoas excessivamente simpáticas.
Gosto de saltar páginas nos livros.
Não gosto de livros sem marcadores (apesar de não os usar).
Gosto de dizer a verdade.
Não gosto às vezes de a ouvir.
Gosto dos clips num sítio e os elásticos noutro.
Não gosto de telefones com plástico sujo.
Gosto de limpar móveis com óleo de cedro.
Não gosto de limpar móveis com spray.
Gosto de fazer compras no mercado.
Não gosto de me levantar cedo para fazer compras no mercado.
Gosto de ir à cinemateca.
Não gosto de filmes que não compreendo.
Gosto da moral da estória.
Não gosto quando a moral se aplica a mim.
Gosto de camisas brancas.
Não gosto de nódoas.
Gosto dos Sábados de manhã.
Não gosto das Terças à noite.
Gosto de cusquices.
Nao gosto quando são sobre mim.
Gosto de listas.
Não gosto de não ter paciência para as fazer.
Gosto de brincar.
Não gosto ás vezes de não ter com quem.
Gosto de produtos gourmet.
Não gosto que sejam tão caros.
Gosto de poesia.
Não gosto de poetas.
Gosto de post-it(s).
Não gosto que se descolem com tanta facilidade.
Gosto de ti.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Desabafo.

Irrita-me que todos os meus amigos que escrevem blogs tenham uma grave tendência para não serem concisos nos seus escritos. São caracteres e caracteres que nunca mais acabam. E querem saber a verdade: não tenho paciência para vos ler nessa imensidão de linhas. E querem saber outra coisa: tenho pena que isso aconteça porque gosto de vocês em pormenor. Ainda vos digo outra: lembram-se daquele exercício que vinha antes da composição nos testes de português no secundário que nos pediam para resumir com texto com um mínimo e um máximo de palavras? Esse exercício tinha uma função: evitar situações como esta. Acho que já me alonguei, quando o objectivo era ser breve, resumido, incisivo, sucinto, categórico, sumário, sinóptico...

Complexo.

Venho por este meio assumir que admiro políticamente Manuela Ferreira Leite e até já pensei votar nela caso venha a disputar as eleições com Sócrates em 2009.

Hipocondria, do grego hypo(abaixo) e chondros (cartilagem do diafragma).

«A melhor forma de me ver livre dos meus medos é fazendo filmes sobre eles.»
Alfred Hitchcock
Desde Sexta-Feira que tenho uma dor de barriga, preocupa-me que não passe. Acelera-me o metabolismo, sinto uma ligeira taquicardia e as mãos suadas. A ansiedade de não me sentir bem leva-me a dormir mal. Já não sinto as outras partes do corpo, os meus sentidos estão focados no meu abdomen, apenas o cérebro está livre para intrepretar tão estranhos sintomas e calcular de imadiato 5001 doenças onde eles encaixam na perfeição. Preocupa-me a dor de barriga.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Insónia


Quando acontece à noite a ansiedade esconder-se atrás de uma insónia basta-me pensar nesta letra para vir a mim uma paz de futuro:


"Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa compor muitos rocks rurais

E tenha somente a certeza

Dos amigos do peito e nada mais

Eu quero uma casa no campo

Onde eu possa ficar no tamanho da paz

E tenha somente a certeza

Dos limites do corpo e nada mais

Eu quero carneiros e cabras pastando solenes

No meu jardim

Eu quero o silêncio das línguas cansadas

Eu quero a esperança de óculos

Meu filho de cuca legal

Eu quero plantar e colher com a mão

A pimenta e o sal

Eu quero uma casa no campo

Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé

Onde eu possa plantar meus amigos

Meus discos e livros

E nada mais.", in Elis Regina

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Análise.

Hoje na análise comercial que fiz a vários clientes, notei que o faço sempre no modo canónico, sem deslizes e com grande precisão. Os três critérios, sempre os três critérios. Money. Tem dinheiro? Need.Tem necessidade de compra? Authorithy. Pode decidir a compra? Em caso de serem todos positivos transforma-se num cliente com potencial elevado ou com um bom forcast. O excel ajuda pois transforma todos os outros em pop up(s) vermelhos com sugestão de delete.
A parte estranha foi quando por segundos pensei na quantidade de problemas e preocupações que poderíamos evitar se aplicássemos o mesmo sistema às pessoas que passam pela nossa vida.
Já estava a imaginar: - Não falo contigo. Estavas em em pop up vermelho, significa que a nossa relação me estava tirar valor acrescentado. Simples e prático.
O pior é o resto. O resto é sempre o pior.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Maio

Maio maduro Maio Quem te pintou Quem te quebrou o encanto Nunca te amou Raiava o Sol já no Sul E uma falua vinhaLá de Istambul Maio maduro Maio Quem te pintou Quem te quebrou o encanto Nunca te amou Raiava o Sol já no Sul E uma falua vinhaLá de Istambul. In José Afonso

terça-feira, 29 de abril de 2008

Patologia


Abril


Só há liberdade a sério quando houvera paz o pão habitação saúde educação só há liberdade a sério quando houver liberdade de mudar e decidir quando pertencer ao povo o que o povo produzir. in, Sérgio Godinho

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amanhã fica comigo.


Gostava de te dizer como é bom cuidar de ti. Como sinto o teu amor nos teus gestos envergonhados. Como te amo ainda mais no teu olhar traquina de quem recebeu um presente. Da forma como forras a realidade, ás vezes tão dura, de algodão só para eu não me magoar.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Obra Prima


A minha secretária!


João Amaral


"O Manifesto de Renovação Comunista nunca poderia ser um documento acabado. Seria uma contradição nos termos sair de uma ortodoxia para entrar noutra. Esta é uma proclamação do pensamento livre, do compromisso com as grandes causas da Humanidade, de afirmação do valor e actualidade da ideia comunista, de assunção das responsabilidades que o devir do tempo for reclamando." , in Setembro de 2002 João Amaral

Ary


Há que dizer-se das coisas


o somenos que elas são.


Se for um copo é um copo


se for um cão é um cão.


Mas quando o copo se parte


e quando o cão faz ão ão


?Então o copo é um caco


e um cão não passa dum cão.


Quatro cacos são um copo


quatro latidos um cão.


Mas se forem de vidraça


e logo foram janela?


Mas se forem de pirraça


e logo forem cadela?


E se o copo for rachado?


E se o cão não tiver dono?


Não é um copo é um gato


não é um cão é um chato


que nos interrompe o sono.


E se o chato não for chato


e apenas cão sem coleira?


E se o copo for de sopa?


Não é um copo é um prato


não é um cão é literato


que anda sem eira nem beira


e não ganha para a roupa.


E se o prato for de merda


e o literato de esquerda?


arte-se o prato que é caco


mata-se o vate que é cão


e escreveremos então


parte prato sape gato


vai-te vate foge cão
Assim se chamam as coisas


pelos nomes que elas são.

Os Sinos da Minha Aldeia




Fim de Semana Prolongado


Teatradas


terça-feira, 22 de abril de 2008

Óculos


O único facto realmente a importante a rete,r ontem do debate no programa televisivo prós e contras sobre o futuro do PSD, foram os óculos novos da Zita Seabra.

Bairro Alto


Entre pederastas e artistas, entre putas e intelectuais de esquerda, entre yuppies e travestis, entre velhas feias e zangadas de sono e meninas coquettes anoreticas, entre o que foi e o que há-de vir, entre o vinho tinto e a vodka... No bairro alto sinto-me em casa.

Beatriz


Hoje no metro vi uma rapariga trigueira, tão portuguesa, cabelos castanhos, olhos negros, sardenta, dentes brancos, quase alvos. Uma daquelas mulheres que se vêem nos filmes dos anos 40 e 50. Imaginei-a numa seara, com o sol a queimar-lhe o rosto escondido por um lenço bordado, mas não consegui tirar-lhe o dossier de arquivo que ela realmente trazia na mão e que na lombada tinha escrito Ortopedia II, para oníricamente lhe colocar uma foice.

Escritório


Existem dias que a gravata sufoca mais que outros.

Sonho

Sentado numa pedra... é de noite. E debaixo do céu da Serra quase que toco nas estrelas. As cadentes são amiúde e cada uma que vejo, desejo. Estou sozinho, embora rodeado de pessoas. Entre um copo de whisky e um bafo de charuto vou perdendo o tempo. De repente, devagar e sem aviso pára-me na mão um pirilampo. Guardo-o. Não ofusca as estrelas, mas ilumina-me por dentro. Seguro-o mais perto. A luz que é e não é, em tempo moderado, tranquiliza-me. Sinto que se sente confortável sentado na minha mão. Sinto que o faço sentir. E eu também. A dinâmica é pura. E adormeço. Num estado latente, à semelhança de um sonho acordado, vivo e respiro a sinergia. Nunca tinha visto luz assim. As cadentes que continuam a cair já não me prendem. Nunca vi, em nada nem ninguém, o que só consigo ver à luz de um pirilampo. Seguro-o, ainda mais perto. Aperto. E o conforto que era, já não é. Um dia, passados vários de luz, o pirilampo cansou-se e voou. Levou com ele, sem saber, a tranquilidade que me guardava. Agora estou no mesmo sítio onde estava, de alma apagada. Sem retorno. Depois de conhecer esta luz, a das cadentes nem a vejo. E sentado numa pedra, entre um copo de whisky e um bafo de charuto, resta-me a lembrança de uma luz que vou guardar para sempre...
Mas eu não bebo Whisky....

quarta-feira, 16 de abril de 2008

O Gato!


“(…) Tiveste durante uns tempos um gato extraordinário: grande, branco de uma arrogância e charme imperial. Quando algum ser humano se aproximava – incluindo tu – o gato erguia o rabo, virava as costas e afastava-se com passo lento e determinado. Não permitia qualquer tipo de mimo, sempre esquivo, assanhava-se se alguém lhe pretendia passar a mão pelo pêlo. Da mesma forma se recusava a dormir na cozinha – dormia ao teu lado numa almofada posta por ele próprio, mas ai de ti se ousasses fazer-lhe uma festa. Simpatizava com a personalidade solitaria desse gato, se o bicho fosse homem haveria de amar com tanta força como a que fugia desse sentimento(…)” in, Fazes-me Falta, Inês Pedrosa

Genesis 1:1

"No princípio criou Deus os céus e a terra."