terça-feira, 22 de abril de 2008

Beatriz


Hoje no metro vi uma rapariga trigueira, tão portuguesa, cabelos castanhos, olhos negros, sardenta, dentes brancos, quase alvos. Uma daquelas mulheres que se vêem nos filmes dos anos 40 e 50. Imaginei-a numa seara, com o sol a queimar-lhe o rosto escondido por um lenço bordado, mas não consegui tirar-lhe o dossier de arquivo que ela realmente trazia na mão e que na lombada tinha escrito Ortopedia II, para oníricamente lhe colocar uma foice.

Sem comentários: