quarta-feira, 25 de junho de 2008

Bom dia Lisboa

"Fiel a um amor antigo
Acabo sempre por voltar
à casa que gostaria de
poder chamar lar
Entre a euforia do regresso
e o cansaço da viagem
Com um montão de histórias novas
encafuadas na bagagem
e uma sensação esquisita
que me deixa meio à toa
Ora cá estou eu de novo
Então BOM DIA LISBOA
Já palmilhei meio mundo
Já andei por todo o lado
e quando a angústia me agarra
vêm-me aos lábios o teu fado
Já adormeci cansada
em tanto sitio diferente
E acordo como se tivesse
sempre o Tejo à minha frente
E é sempre a mesma saudação
que na minha cabeça ecoa
Como um sonho persistente
Então BOM DIA LISBOA
Ora então olá Lisboa
É sempre tão bom voltar
Quem sabe haverá um dia
em que virei para ficar
e acabar por aí
numa velha água furtada
P'ra tornar realidade
um sonho há muito sonhado
e numa ruela qualquer
entre Alfama e a Madragoa
Saudar-te pela manhã
BOM DIA LISBOA." Rádio Macau

terça-feira, 24 de junho de 2008

Barcelona


Hoje se estivesse aí ao teu lado gostava de te dizer o seguinte: "You go girl."

segunda-feira, 23 de junho de 2008

A Estreia!

(...)E quando à minha casa fores dar vem devagar e apaga-me a luz que a luz destoutra ribalta às vezes não me seduz às vezes não me faz falta às vezes não me seduz às vezes não me faz falta. (..) Sérgio Godinho
Vais estrear. Sinto-te feliz e sem certezas. Nao te importas. Se correr bem ficarás feliz. Se não correr bem depressa te levantarás e continuarás a certeza do teu caminho. Olhar para o teu percurso mostra-me isso mesmo. O importante é o trilho que percorremos. Foi bom ver-te seguir o sonho. É bom ver-te a alcançar esta primeira etapa. O cuidado com os adereços e a forma como apostas integralmente o teu corpo neste projecto. Nunca duvidei, mas também não consigo deixar de me admirar. Caminho iniciado tudo resto virá mais guinada menos guinada a meta e o sonho já estiveram mais longe. PUM! PUM! PUM! O espectaculo vai começar.

Os dias, na esperança de um só dia...

"Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia.", Luís de Camões

Recordo o teu ar assustado perante a desorganização do mundo, recordo-te o sorriso terno e nostálgico como se estivesses sempre a perder um pedaço de nós. Recordo o teu ar vaidoso e ao mesmo tempo envergonhado quando vestes algo de novo. Recordo a mala do teu tamanho que trazes sempre ao teu lado onde aconchegados nos leva. Recordo que quando precisei bastou a minha voz trémula e tu apareceste. Recordo que quando nos contavas os teus sonhos nós tinhamos sempre uma função, estávamos lá. Recordo a tua lealdade, sei que tu nunca me traíras, n consigo explicar mas tenho a certeza. Recordo a as tuas manias, essa protecção que usas contra um mundo que insiste em mudar as coisas que mais amamos. Recordo a quereres estar sempre presente, e tens razão, sem ti os nossos acontecimentos não sao os mesmos. Recordo-te a ler jornal com gosto e interesse tal qual um ritual. Recordo-te o sentido de humor prático e azedo no qual rebentei muitas vezes em gargalhadas. Recordo-te a força e uma certa disciplina com orgulho. Recordo-te o olhar cúmplice. Para mim és a passagem de dias na esperança de um só dia.

A Mudança

Exce(p)cionalmente vou escrever uma entrada pessoal neste blog. Pensei que seria possível nunca o fazer. No entanto preciso de convosco partilhar duas ou três coisas. A primeira é que descobri que tenho estigmatismo num grau bastante elevado o que me obrigou a ter que usar óculos, não um par mas dois, o grau elevado de estigmatismo não me permite usar lentes bifocais. Agora pertenço áquela raça tão estranha que varia de lunetas em função da distância entre globo ocular e objecto perspectivado. Podem imaginar o quão esquizófrenico pode ser a repetição deste gesto. O valor acrescentado é que vejo coisas que antes não via, não que lhe tenha sentido a falta, pois para mim elas simplesmente não existiam.


A segunda é que vou mudar de casa. Vou-me transferir para a Lapa. Eu tenho uma casa, que será sempre minha, é lá que estão em gavetas onde se misturam gravatas com pratos de cozinha as minhas emoções. Será sempre ao som daquele rádio na casa de banho que eu iniciarei a minha rotina diária, serão sempre aqueles sofás desconfortáveis a arruinar-me as costas, será sempre naquele terraço que eu hei-de tirar tempo para ter saudades vossas. E será sempre naquela cama que irei encontrar o teu corpo. No entanto sempre sonhei com uma casa nossa onde pudessemos dar o passo seguinte. Uma casa feita do nosso suor. Fiquei feliz quando me disseste sim. Que seriamos felizes nesse espaço. Que seria o nosso. Onde quer que estejamos. A casa é pequena (55m2). Mas o nosso amor é grande e com boas fundações resistindo a ventos fortes do Norte e a terramotos de Lisboa.


A terceira é que vou mudar de emprego. Esta é uma consequência de ter casa nova e de ter que ganhar mais para a pagar. Ou melhor este era o objectivo primário. Depois surgiu a oportunidade. Sempre quis ter um emprego que me permitisse viajar pelo mundo. Como não sou alto e tenho algumas dificuldades de sorriso a carreira de comissário de bordo sempre esteve excluída. Foi assim que se proporcionou aprofundar o que estou a fazer neste momento mas a nível nacional e internacional. Aqui vou eu outra vez para uma nova aventura profissional. Tenho 26 anos acho que é o momento de o fazer.


Eis o que tinha para vos contar. Caso existam dúvidas, necessidades de esclarecimento ou perplexidades façam-me o favor de me contactar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Poema Traído

"(...)Como um barco, numa noite de tormenta,
Em que o prazer provou a vez da razão,
O animal devorou o racional.
Foi sentimento, mas não foi amor...não foi paixão!!
Aconteceu, e não o posso negar,
Estive lá de corpo e alma,
Sorvi cada segundo, cada momento,
Daquela ilusão, daquele sentimento,
Vivido com prazer, naquela noite calma!!
E quando terminou,
Senti aquele vazio, aquela raiva interior,
De quem não soube respeitar...
Nem quem lhe deu prazer...
Nem quem lhe dá amor.(...)"

Laços de Ternura


O meu momento lamechas.

Serenidade

"A terra o sol o vento o mar / São minha biografia e são meu rosto/ Por isso não me peçam cartão de identidade/ Pois nenhum outro senão o mundo tenho/ Não me peçam opiniões nem entrevistas/Não me perguntem datas nem moradas/ De tudo quanto vejo me acrescento/E a hora da minha morte aflora lentamente/ Cada dia preparada”.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Flôres de Aço

Lia
Beta
Carolina
Rita
Andreia
Sandra

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Exercício II

O Escritor: José Saramago
O Restaurante: Charcaturia Francesa
A Actriz: Rita Blanco
A Loja: Oficina Mustra
O Periodo Histórico: PREC
O Cozinheiro: Santi Santamaria
O Filme: Citizen Cane
A Revista: Time Out Lisboa
O Objecto: Salazar
O Poeta: Ary dos Santos
O Sítio: Chiado
O Café: Café dos Teatros
O Carros: Citroen 2CV
O Livro: O Ano da Morte de Ricardo Reis
O Jornal: O Expresso
A Praia: Comporta
A Noite: Bairro Alto
O C. Comercial: El Corte Inglés
O Bairro: Lapa
O Político: Álvaro Cunhal
O Professor: Gomes Canotilho
O Cronista: José Pacheco Pereira
A Cor: Verde
O Comentador: Vasco Pulido Valente
O Intelectual: Eduardo Lourenço
O Bar: Incógnito
O Actor:John Malkovich
A Saudade: Coimbra
A Paisagem: Da cidade vista da Ponte 25 de Abril
A Máxima: Quem teme tempestades passa a vida a rastejar.
O Papel: Pardo Mate 120gr.
O Humorista:Herman José Krippahl
A Série: Conta-me como foi.
O Canal: História
O Tentação: Orelhinhas de Porco Ensalsadas.
O Vício: Marlboro
A Fruta: Diospiro
O Copo: Old Fashion
O Gel de Banho: Ach. Brito Gama Claus
A Louça: Tradicional Alentejana
A Roupa: UCB
O Vinho: Chateau d’Yquem Sauternes (1787)
A Palavra: Paradoxo
A Mania: Hipocondria
A Dor: Nas Costas
O Fato: Ralph Lauren
O Quadro: O Fado, José Malhoa
Os Sapatos: Prada
O Eléctrico:28
O Largo: Carmo
A Esplanada: Adamastor
A Água: Bling H20

Salazar: o mais fascinante utensílio de cozinha.


Santo António


Não sou de Lisboa. Não quero ser de Lisboa. Sou um filho adoptivo de Lisboa. Às vezes sinto-me bastardo . Mas no Santo António esta cidade entrega-se a mim como eu a ela. E dançamos pela noite dentro ao som de manjericos e sardinha assada, entre os fados e as marchas populares. Sou de Lisboa. Quero ser de Lisboa. Sinto-me filho de Lisboa.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Os Heróis de Portugal


O João que estuda e trabalha desde dos 16 anos.
O sorriso da Rita quem tem 11 anos e leucemia desde os 10.
A D.São que consegue alimentar, vestir e educar três filhos com 425Euros por mês.
O Sr. António que pescador toda a vida não escondeu a sua indignação e barricou-se na lota de Matosinhos.
O Rui que vive na rua há 5 anos e continua a pedir esperança a quem por ele passa.
A Sandra que se licenciou em Filosofia e trabalha num Call Centre.
O Sr. Vasco que consegue gerir 250Euros de reforma entre a farmácia e o supermercado.
As mãos àsperas da D. Ermelinda que aos 81 anos continua apanhar azeitona com a agilidade de uma menina.
A Kalena que todos os dias se prostitui para enviar o pouco dinheiro que lhe sobra para o país natal onde todos pensam que ela é secretária num escritório de advogados.
O Diogo que estuda no 6ºano vive na Cova da Moura e tirou 5 a tudo.
Estes são os heróis de Portugal.